domingo, 31 de janeiro de 2010

Centenário da República

Hoje dia 31 de Janeiro de 2010 ocorre a Abertura das Comemorações do Centenário da República, na Avenida dos Aliados.

Desde a sua Fundação, Portugal foi uma Monarquia.
No entanto, em finais do séc.XIX na rua exigia-se a queda da Monarquia, muitas pessoas achavam que esta forma de governo, nao era a melhor para Portugal. A população vivia mal, o desenvolvimento de Portugal era insuficiente, havia grande contestação e agitação, o País tinha grandes dívidas para com o estrangeiro, as capacidades governativas do rei eram postas em causa e estava eminente uma guerra com Inglaterra.

As razões dessa guerra centravam-se na desocupação dos territórios compreendidos entre Angola e Moçambique. Segundo a Lei Internacional os territórios africanos pertenciam ao país que os ocupasse, porém em Janeiro de 1890, a Inglaterra enviou um ultimato a Portugal, para que esses territórios fossem desocupados ou seria declarado guerra a Portugal.

O rei e o governo aceitaram o ultimato, o que provocou manifestações de descontentamento.
A 14 de Janeiro de 1908 o Partido Republicano Português organizou uma grande manifestação em Lisboa, acusando o rei de trair os interesses dos Portugueses em África.
A 1 de fevereiro de 1908 o Rei D. Carlos e o Príncipe Herdeiro D.Luís Filipe são assassinados,tendo sido D. Manuel II( o outro filho do rei) proclamado Rei, porém mesmo com o apoio de todos os partidos monárquicos o novo Rei não conseguiu que os republicanos desistissem de acabar com a monarquia em Portugal

A 5 de Outubro de 1910, nos Paços do Conselho (actual Câmara Municipal) de Lisboa é proclamada a República. Nesse mesmo dia o Rei foge para Inglaterra com a sua família, ficando aí a viver em exílio.

Com a Implantação da República vários símbolos de Portugal mudaram, tal como a bandeira, o Hino e a moeda.


Viva a República!!!! Viva Portugal!!!

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57º DIA MUNDIAL DOS LEPROSOS - 31/01/2010


O que é Lepra?
A lepra, também conhecida como doença de Hansen é uma das doenças mais antigas conhecidas pelo homem. O primeiro registo escrito desta doença data de 600 A.C. e foi reconhecida pelas antigas civilizações da Índia, China e Egipto.

A doença de Hansen é uma doença crónica causada pela bactéria Mycobacterium leprae e é caracterizada pela desfiguração da pele e de membros, danos nos nervos e debilitação progressiva.

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Como se transmite a doença?
Ainda não se sabe exactamente como se contrai a doença. A teoria mais aceite é que a doença é transmitida através gotículas do nariz e da boca durante contacto próximo e frequente com casos não tratados. Pensa-se que o micróbio entra no corpo através das vias respiratórias ou da pele. A transmissão por insectos ainda não foi descartada.

A doença não é muito contagiosa uma vez que não tem transmissão fácil e mais de 90% da população humana é resistente a bactéria.

A lepra tem um longo período de incubação podendo levar 20 anos para o aparecimento dos sintomas. Isto dificulta a determinação do local e do tempo de contágio.
As crianças são as mais susceptíveis de contraírem a doença e desenvolvem os sintomas mais rapidamente.


Manifestações clínicas da doença

São conhecidas quatro formas clínicas da doença que reflectem a resposta imune do indivíduo a bactéria:
Lepra tuberculóide: caracterizada por uma erupção cutânea hipopigmentada (esbranquiçada) e achatada. Esta erupção pode ser formada por várias zonas. Estas zonas são insensíveis ao tacto, uma vez que, os nervos estão danificados mas pode haver uma inflamação dos nervos na periferia
Lepra lepromatosa: é a forma mais severa da doença e aparecem na pele vários eritemas e pequenos nódulos, a cara, as mãos e os pés podem sofrer lesões que levam ao endurecimento da pele
Lepra borderline ou limítrofe: esta forma da doença é instável e a pessoa apresenta lesões de ambas formas tuberlulóide e lepromatosa, a condição do paciente pode melhorar tornando-se semelhante a forma tuberculóide oi piorar se evoluir para a forma lepromatosa.
Lepra indeterminada: caracterizada por lesões iniciais que, normalmente, consistem em manchas claras ou ligeiramente avermelhadas na pele, mas, na maior parte dos casos, a doença não progride.


Tratamento da doença
A lepra é uma doença curável e, se o tratamento for fornecido no estágio inicial da doença, o paciente não desenvolve as lesões desfigurantes. A duração e o tipo de tratamento dependem do tipo de lepra que o paciente apresenta.

A OMS recomenda o uso de uma terapia combinada dos seguintes fármacos: Dapsona, Rifampicina e Clofazimina. Para além de curar o paciente, a terapia interrompe o ciclo de transmissão, pois, o paciente deixa de ser contagioso logo que tome a primeira dose.



Prevenção
Como ainda não se conhece bem como a doença se transmite, a única forma de prevenção aconselhada é evitar o contacto físico com doentes que não estão submetidos ao tratamento.



Factores de risco e impacto da lepra
Apesar de não ter tanto impacto na economia e desenvolvimento das áreas afectadas como outras doenças de maior mortalidade, a lepra continua a ser uma das doenças mais temidas da Humanidade. Isto deve-se a ostracização do doente e dos seus familiares e da crença ainda existente que a doença é uma maldição. Muitas pessoas ainda pensam que a doença é altamente contagiosa e que conduz sempre a mutilação dos membros. Estas ideias ainda enraizadas devido a longa presença da doença no decorrer da história da Humanidade impedem que os doentes tenham uma vida plena tanto a nível social como económico.

Para além disso, a falta de tratamento em certas zonas condena os doentes a perda de membros ou a cegueira impendido assim a actividade laboral.


Curiosidades…

Raoul Follereau
dedicou mais de 50 anos da sua vida à promoção do tratamento e cura, à reabilitação e reinserção dos doentes afectados pela lepra, em todo o mundo, defendendo a sua dignidade e os seus direitos à vida em igualdade de circunstâncias a quaisquer outros doentes.


A Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF) é uma continuadora da obra de Raoul Follereau, promovendo actividades com vista à sensibilização da população para colaborar na erradicação do flagelo, através da prevenção, tratamento, cura, reabilitação, reinserção e dignificação dos doentes.


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